No Web Summit Rio 2025 desta terça-feira (29), a diretora do YouTube para a América Latina, Patricia Muratori, falou sobre as transformações pelas quais o YouTube passou desde o seu lançamento, em 2005, principalmente em relação ao comportamento de consumo dos usuários.
- OpenAI explica como seus modelos de IA são criados durante o Web Summit Rio
- Como viralizar no TikTok? Executiva da rede social dá dicas no Web Summit Rio
O YouTube, a concorrência com as redes sociais e a mudança no consumo do usuário
Segundo Fábio Porchat, a escolha pelo YouTube para a distribuição do conteúdo produzido pelo Porta dos Fundos teve muito mais relação com a liberdade que a plataforma oferecia frente aos outros veículos de comunicação na época em que o foi lançado, em 2012.-
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
-
De lá para cá, no entanto, as plataformas mudaram, assim como a forma de consumir conteúdo. Porchat destacou que, antes, o YouTube não concorria com redes sociais, como acontece hoje em dia. Além disso, os vídeos com as esquetes humorísticas do canal, considerados curtos em 2012, parecem bem mais longos atualmente.
“As coisas mudaram demais de 2012 para cá, e estão mudando de um jeito que a gente não sabe”, diz o humorista. “O nosso videozinho que antigamente levava 4 minutos, era o vídeo mais rápido possível. Hoje em dia, 4 minutos é uma ‘bíblia’.”
Essa mudança no comportamento do usuário e na forma como o conteúdo é consumido também foi comentada por Patricia, que falou brevemente sobre as transformações pelas quais o YouTube passou desde o seu lançamento, há 20 anos.
“A gente vê uma mudança muito grande na transformação de comportamento. É sobre cultura que a gente tá falando, muito mais do que distribuição de conteúdo”, comentou a executiva.
Durante a apresentação, os palestrantes também destacam que, ao tempo em que houve um crescimento geral no consumo de vídeos curtos, vídeos mais longos também seguem em alta, principalmente para usuários que assistem ao YouTube pela TV.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a TV é o principal aparelho utilizado para assistir ao YouTube. Nesse sentido, a executiva destaca que, para que a plataforma se mantenha relevante, é importante que ela esteja preparada para as mudanças.
“O que a gente precisa como plataforma, e foi assim que a gente investiu os nossos recursos, é estar preparado para as mudanças. [...] Como é que a plataforma se torna relevante para você? Você pode fazer um conteúdo curto para um contexto específico, mas se quer entender mais e ver aquele conteúdo com mais profundidade e na tela grande, você também consegue”, reforçou a executiva.
“O que eu acho que está acontecendo é uma mudança muito grande, esse epicentro da cultura, que faz com que o YouTube, que era para você consumir um tipo de conteúdo de forma acessível, se torna acessível na maneira como você quer ver”, concluiu Patricia.
20 anos do YouTube
Em 2025, o YouTube completa 20 anos. Ao longo desse período, além de ter atravessado diversas mudanças, a plataforma se tornou uma das maiores quando o assunto é distribuição de podcasts. Segundo Patricia, atualmente, um bilhão de pessoas consomem podcasts no YouTube globalmente.Além disso, o canal segue como um ambiente em que o consumo por entretenimento, gaming e conteúdos de educação.
Para o futuro, Patricia aposta na perspectiva de enxergar criadores de conteúdo como “startups” da nova era do entretenimento. Além disso, ela também vê uso da Inteligência Artificial (IA) como mola propulsora quando usada de maneira responsável nos negócios.
“A IA vai entrar nos negócios para mudar a forma de criar e para tirar tempo de execução, de burocracia. Da parte que toma muito tempo para [que criadores de conteúdo possam] criar de verdade”, finalizou.
Veja mais do Canaltech:
- China usa estilingues gravitacionais e salva satélites presos em órbita errada
- Kosmos 482 | Sonda soviética vai despencar na Terra em maio após 53 anos vagando
- Bug fez ChatGPT gerar conversas impróprias com menores de idade, diz OpenAI
Leia a matéria no Canaltech.
Fonte: Canal Tech
